No dia 31 de outubro encaminhamos, para os e-mails disponibilizados
nos sites das chapas que concorrem à Presidência do Botafogo, 15
questões, com a proposta de publicarmos, para cada pergunta, as respostas de
todos, visando a possibilidade de compararmos o que cada um deles pensa em
relação a cada questão.
Gostaríamos de agradecer a atenção e retorno dos candidatos que se
dispuseram a participar: Carlos Eduardo Pereira (Chapa Ouro), Marcelo Guimarães
(Grande Salto) e Vinícius Assumpção (Chapa Alvinegra).
Infelizmente não obtivemos o retorno do candidato Carlos Thiago Alvim
(Chapa Azul), nem mesmo para nos informar do não interesse na participação. Uma
pena, principalmente por se tratar de um candidato que fazia parte da área de
comunicação do clube.
As respostas serão organizadas tomando como base os nomes dos candidatos
em ordem alfabética e serão publicadas na íntegra, inclusive destaques em
negrito.
As respostas não são curtas, mas vale a leitura. Vamos ao que interessa:
1) O que o motivou a se candidatar à Presidência do Botafogo?
CARLOS EDUARDO: Certamente ocupar este cargo é um privilégio para
qualquer botafoguense. Mas minha indicação veio de um consenso dos membros do
MAIS BOTAFOGO e do BOTAFOGO ACIMA DE TUDO E pode ser considerada como um desdobramento
natural de nossa participação das últimas eleições.
Tenho 56 anos, sou empresário, filho de botafoguense, casado com uma
botafoguense que conheci em General Severiano e já frequentava nossa sede desde
os primeiros anos de vida, convivendo com os craques dos anos 60.
Nossa volta a General Severiano sempre foi um grande sonho pessoal.
Participei da luta pelo tombamento da sede e tive o privilégio de ter sido o
autor da proposta de criação da Comissão para Volta no Conselho Deliberativo e
participei dos trabalhos desta Comissão que nos trouxe de volta.
Fui VP Administrativo pelas próximas gestões, quando ganhamos a Copa
Conmebol, em 1993 e VP Geral na de Carlos Augusto Montenegro, quando ganhamos o
Campeonato Brasileiro de 1995.
Fui eleito Benemérito em 1994, participo ativamente da vida do Clube e
concorri, representando a Chapa MAIS BOTAFOGO às eleições de 2011, obtendo
quase 30% dos votos. Daí em diante, seguimos alertando os Conselheiros e
associados botafoguenses para os dias difíceis que estavam por vir, fruto da
incapacidade gerencial desta Diretoria.
MARCELO: A minha principal motivação veio de minha passagem
como executivo contratado do clube. Estive a frente do Departamento de
Marketing do Botafogo e pude ver o quanto a política emperra o desenvolvimento
do nosso clube. Fiz um trabalho bem avaliado pela torcida e pelo mercado e sei
que tenho as melhores ferramentas para promover as mudanças necessárias para
que o cube se desenvolva. Menos política e mais profissionalismo. Me sinto
preparado para o desafio.
Segundo, mas não menos importante, sou neto, filho, irmão, pai e marido
de Botafoguenses. Venho de uma tradicional família Alvinegra e o Botafogo é sem
dúvida minha grande paixão imaterial. Será um honra para mim, servir ao nosso
clube em cargo tão dignificante.
VINÍCIUS: O atual estágio de abandono do clube. Tenho 30 anos
de sócio proprietário e sempre estive ao lado do clube nas arquibancadas e
assistindo o Botafogo perder força e tamanho a cada gestão. É inegável até
para o mais otimista dos nossos torcedores, que a cada ano que passa, o
Botafogo vem perdendo o seu "valor de mercado" juntamente com sua
relevância nos cenários nacional e internacional. Essa desvalorização é
impensável para um clube que já foi o mais forte e mais importante do Brasil,
sendo merecedor, inclusive de posição de destaque entre os maiores clubes do
século XX eleitos pela FIFA.
O
Botafogo sempre foi uma notória e reconhecida fábrica de craques em todas as
modalidades esportivas, seja no futebol, remo, vôlei, basquete, atletismo, polo
aquático, natação etc. Dessa forma, o clube colecionava conquistas e vitórias
de forma rotineira.
Infelizmente
nos últimos 40 anos, o Botafogo foi se tornando "menor" e, sem uma
sequência de grandes e importantes conquistas, deixou de aumentar o seu maior
patrimônio: a sua torcida! Com isto, o Botafogo aumentou sua dívida financeira
e diminui não só sua capacidade de investimentos, mas também a sua capacidade
de caminha sozinho. Pela falta de planejamento a médio a longo prazo, o
Botafogo está sempre esperando o "salvador da pátria" que nunca
aparece mesmo porque este salvador não existe.
Vários
fatores são frutos deste enfraquecimento e que precisam ser alterados no
cotidiano do clube, para que o Botafogo se oxigene e tenha forças para avançar
rumo ao topo do futebol brasileiro, de onde nunca deveria ter saído. Isto não é
saudosismo e sim a certeza de que o Botafogo precisa mudar urgentemente a sua
mentalidade e sua forma de gestão. Este é o principal motivo que lançamos a
nossa candidatura.
2) Caso seja eleito, qual a primeira ação que tem em mente como gestor
do clube?
CARLOS EDUARDO: Iremos visitar o plantel e a Comissão Técnica do Futebol para
agradecer-lhes todo empenho e dedicação que têm demonstrado, dizer que não
estarão mais sozinhos na luta pela permanência na Série A e reiterar nossa
confiança de que são capazes de atingir este objetivo essencial para o Clube.
MARCELO: Damos tanta
importância aos primeiros momentos de nossa gestão, que prevemos em nosso
projeto executivo, uma série de medidas que chamamos de “Compromissos de
Primeiro Dia”. São eles:
1. Apresentar nosso projeto executivo, composto de múltiplas oportunidades
de investimento e garantias de governança e responsabilidade fiscal para os
atuais investidores Alvinegros e para o mercado em geral;
2. Pedir audiência com o Governador, o Prefeito e o Ministro da Fazenda
para comunicar opção pelas Leis de Refinanciamento e a adoção de medidas de
governança, alinhadas com as mais modernas, testadas e eficientes tendências do
bom mercado;
3. Ajustar os termos do Ato Trabalhista e repactuar as dívidas recentes de
custeio e salários;
4. Entrar com pedido de recuperação judicial para os demais credores
comerciais;
5. Estabelecer um Orçamento participativo já em 2015 para equilibrar as
finanças correntes do Clube;
6. Assumir imediatamente a gestão executiva do Engenhão, com ênfase nas
atividades capazes de gerar renda e melhor atender nossa torcida;
7. Apoiar com toda ênfase o futebol, que estará disputando as duas últimas
rodadas do Campeonato Brasileiro. Em paralelo, reunir o departamento, sem
sobressaltos, nem medidas desestabilizadoras ou autocráticas, para redefinir compromissos
e objetivos, de curto, médio e longo prazo.
VINÍCIUS: Hoje o grande entrave no caminho do Botafogo é sua
atual situação financeira - A dívida já ultrapassa a casa dos R$ 750 milhões. A
verdade é que o clube nunca tratou esta questão de forma profissional e
transparente. É preciso auditar a dívida, e montar, com profissionais da área
financeira, um programa de pagamento da dívida e apresentar ao Conselho
Deliberativo, propostas que serão aprovadas e seguidas pelo Conselho Diretor. É
um processo a longo prazo, mas que precisa ser iniciado e com total transparência
- só assim conseguiremos ganhar o apoio de investidores e da própria torcida.
3) Após assumir o clube, buscará os candidatos derrotados para que
possam aglutinar forças em prol do clube?
CARLOS EDUARDO: Nossa Chapa estará aberta ao diálogo com os membros
de todas as outras e com os associados e torcedores em geral.
No atual momento político e financeiro do clube, não podemos abrir mão
dos botafoguenses que estejam prontos para ajudar e não tenham tido
participação nos atos desta gestão. Obviamente que tal ajuda deve estar
condicionada aos valores que regem esta candidatura e nosso Plano de Gestão,
quais sejam: o compromisso com a ética e com a transparência administrativa; a
responsabilidade fiscal, a eficiência na aplicação dos recursos do clube, busca
e ampliação de parcerias comerciais, priorização das categorias de base do
futebol e a montagem de um time combativo, dentro de nossas tradições
vitoriosas do clube.
Entretanto, gostaria de deixar registrado que, com esta gestão, não há
composição possível.
MARCELO: Esse é um compromisso sincero que assumo. Antes de
político, com os rancores e diferenças que marcam a disputa política, sou um
profissional e sei da importância de chamar quadros que possam somar ao nosso
grande desafio. Todos os Botafoguenses serão convidados a colaborar. Nossas
portas estarão abertas ao talento e a seriedade Alvinegra.
VINÍCIUS: Neste momento de grandes
dificuldades o Botafogo precisa ter um presidente que tenha trânsito em
diversos setores da sociedade, além de experiência administrativa e política.
Esses requisitos são fundamentais para reunir todos os botafoguenses em torno
de um projeto de fortalecimento e recuperação financeira. O presidente eleito
não poderá ter a prepotência de achar que vai solucionar os graves problemas do
clube, apenas com o seu grupo político. Este desafio é muito grande apenas para
um homem só. Vou dialogar com todas as forças políticas e os grandes alvinegros
e realizar um pacto de gestão coletiva.
4) Em sua opinião, atualmente qual a principal prioridade do Botafogo?
CARLOS EDUARDO: Sem dúvida alguma é o setor financeiro e o
equacionamento das pendências fiscais, trabalhistas e cíveis, sem o que não
teremos como gerenciar o Clube. O BOTAFOGO hoje encontra-se em estado de
insolvência de fato, e isso precisa ser revertido o mais rapidamente possível.
Em seguida, o futebol como um todo, da base ao time principal e a
captação de novos recursos e patrocínios, sem os quais nada se consegue.
MARCELO: Recuperação
da credibilidade. A credibilidade é a base de tudo, pois sem ela as medidas
tornam-se inócuas. Liderei o processo de recuperação de credibilidade no início
do primeiro mandato do atual presidente, combatendo os estigmas do “vazião”,
relativo ao estádio e do “chororô”. Agora o desafio é ainda maior. Depois de um
primeiro mandato tocado por profissionais, o atual presidente politizou o
clube, trazendo amigos e entes políticos para ocupar cargos executivos e deu no
que deu.
Além disso, e não menos importante, o equacionamento do enorme
endividamento, o melhor atendimento a torcida e ao associado, a completa
exploração comercial do Engenhão, transformando-o na Casa Alvinegra, a
conquista de um CT e de um ciclo vitorioso no futebol complementam as
prioridades.
VINÍCIUS: O Botafogo vive uma grave
crise financeira, que será a nossa prioridade no inicio da gestão, buscando um
Plano de Recuperação Financeira, mas vamos em busca também novas receitas que
possam melhorar o nosso caixa e aumentar os investimentos em todos os setores
do clube. Para isto será necessário apresentar uma gestão com transparência,
ética e profissionalismo, assim atrair novos investimentos. Desde já, estamos
iniciando conversas com diversas empresas que direcionam seus investimentos em
publicidade e marketing para a área esportiva.
5) Planos relacionados ao Engenhão, assim que estádio for devolvido ao
clube?
CARLOS EDUARDO: A questão do Engenhão ainda está muito nebulosa e
será abertamente esclarecida por nós. A forma como a interdição do estádio
ocorreu e a inércia do Clube diante dos fatos foram realmente perturbadoras. Os
sócios e a torcida do BOTAFOGO merecem que tudo seja muito bem apurado e
divulgado.
O Engenhão é a casa do BOTAFOGO e já estamos realizando prospecções e
estudos que indiquem a necessidade de novos parceiros comerciais para explorar
economicamente o estádio, seja através do uso da área para esportes, shows e
eventos, dos espaços publicitários ou dos naming rights, especialmente
considerando que ele será o estádio olímpico de 2016. Podemos garantir aos
botafoguenses que o Engenhão certamente deixará de ser um estádio vermelho e
neutro para ostentar as nossa cores, como fazem os grandes clubes com seus
estádios em todo o mundo.
Dito isso, não deixo de lamentar pelo fato da Diretoria do BOTAFOGO não
ter tomado uma posição enérgica em defesa dos interesses do BOTAFOGO.
MARCELO: Tenho planos
e chego trabalhando. Aliás, essa é mais uma diferença entre a nossa candidatura
e as demais candidaturas. Tenho intimidade com o equipamento, pois participei,
ora liderando, ora compondo equipes, de toda a sua dinâmica de estruturação
operacional, comercial e promocional.
O Engenhão está no centro do nosso desafio e temos planos de grande
intensidade e vigor envolvendo nossa Arena. Antes das Olimpíadas, medidas de
grande urgência impulsionarão sua capacidade de melhor atender a nossa torcida,
gerando mais receita e apoiando-nos no desafio de tirar o clube desse atoleiro.
Já em 2015: customização com nossas cores (removível em função das
Olimpíadas), área com preços populares, muita inovação, shows e eventos de toda
natureza e um melhor atendimento a nossa torcida. A boa notícia para o nosso
Sócio Proprietário, é que ele terá o direito de assistir aos jogos com nosso
mando.
Depois das Olimpíadas, uma nova arena. Com o impacto de abrigar o maior
evento esportivo do planeta, teremos um equipamento de repercussão e
visibilidades globais e que será fundamental para os nossos desafios. Depois da
Olimpíada, temos compromissos em ter uma Mostra Permanente Nilton Santos, e um
clube social olímpico para os associados. Curioso é que as outras candidaturas
praticamente ignoravam o estádio. Acho que já demos uma contribuição para o
Botafogo, sinalizando com ações que despertaram as outras candidaturas para a
importância estratégicas do equipamento, já que todos os nossos planos estão
descritos em vídeo desde maio de 2014 em nosso canal no Youtube (busca pelo “O
Grande Salto”).
VINÍCIUS: Chegou a hora de transformar o Engenhão na
verdadeira casa alvinegra, criando uma identidade visual que tenha relação com
o clube; Facilitar o acesso ao estádio, buscando uma interlocução com o Poder Público
(Prefeitura e Estado), a Super-Via, Metrô, Fetranspor, Nova América e o Norte
Shopping. Precisamos colocar transporte público de diversas regiões da cidade
que facilitem a chegada dos alvinegros ao seu estádio. Para aqueles que
utilizam transporte próprio, buscar soluções de facilidades de estacionamento
e, a partir dele, transporte até o estádio. Criar escolinhas nas dependências
do estádio, e realizar um trabalho social com os moradores da região, para que
o clube possa criar um vínculo com toda a região próxima.
Buscar
parceiros para dar nome ao estádio, naming rights. Esta é uma grande fonte de
receita e alguns parceiros já demostraram interesse. Criar setores, entradas
exclusivas e promoções nos jogos para os Sócios Torcedores e proprietários, que
na nossa gestão terão direito de acesso aos jogos.
6) O que pensa sobre uma possível cogestão do Engenhão, conforme foi
noticiado?
CARLOS EDUARDO: Precisaremos conhecer exatamente as relações
existentes entre o BOTAFOGO e a operadora, pois já foi feito um empréstimo de
mais de R$ 20 milhões sem a aprovação dos órgãos do Clube(Conselhos Fiscal e
Deliberativo).
Qualquer decisão deverá estar amparada num plano de negócios vantajoso
para o BOTAFOGO.
MARCELO: Não trato de assuntos
oriundos de especulação. È fato que temos uma dívida com uma empreiteira, e
contamos equacionar essa dívida sem dilapidar nosso patrimônio, respeitando as
práticas de mercado, mas defendendo com intransigência os interesses do nosso
clube. Precisamos conhecer melhor os fatos.
VINÍCIUS: A notícia saiu na
imprensa, não tivemos nenhum contato oficial ou conhecemos qualquer proposta
sobre uma cogestão no Engenhão. O que posso garantir é que não abriremos mão da
gestão e da administração do estádio. Se a proposta for boa para o Botafogo,
estaremos sempre abertos ao diálogo.
7) Sobre a situação financeira, o que pensa das ações do clube em
relação ao Ato Trabalhista, REFIS, Proforte?
CARLOS EDUARDO: A dívida do clube hoje gira em torno de 750 milhões
de reais. O principal problema dessa dívida está nos juros gerado por ela.
Temos três tipos distintos de dívida: fiscal, trabalhista e cível.
A dívida fiscal é a mais inflexível e de difícil negociação. Por conta
de um princípio jurídico chamado de “indisponibilidade do interesse público”,
não há praticamente nenhum espaço para negociação com os servidores públicos de
carreira do Governo, por portaria. Toda negociação deve ser aprovada em lei.
Isso cria uma gigantesca amarra para o clube. Somente com a aprovação do
ProForte teremos chance de obter melhores condições, pois, como é de
conhecimento público, o atual Presidente do Botafogo deixou de recolher
tributos de maneira irresponsável, contando com uma grande anistia que não
aconteceu. Com o parcelamento da dívida em até 25 anos, esperamos que a parcela
de pagamento mensal não ultrapasse o equivalente a um milhão por mês. O Clube
acaba de inscrever-se no REFIS e o Clube obteve uma fonte de financiamento
externa com a garantia de todos os candidatos a Presidente.
A dívida trabalhista é mais flexível, mas nem tanto, pois os sindicatos
e a justiça do trabalho costumam não liberar a livre-negociação no pagamento de
dívidas entre patrão e empregado, especialmente quando a causa já está posta na
justiça e com sentença definitiva. O ato trabalhista é uma solução, mas devemos
atentar quanto aos juros cobrados pela justiça do trabalho, notadamente altos e
bem maiores que a média de juros obtida no mercado financeiro. Caso a parcela
mensal a ser depositada no TRT venha a ser muito alta, teremos de buscar a
mesma solução a ser encontrada para as dívidas cíveis. Outras medidas que
tomaremos:
- Fazer uma “due diligence” da Dívida, de modo a avaliar exatamente o
seu valor e o seu perfil;
- Alongar o perfil da dívida de curto prazo, por meio de negociação
realista com credores;
- Examinar detalhadamente os contratos atuais do clube, procurando
renegociar ou rescindir aqueles que não tragam benefícios reais ou prejuízos ao
clube;
- Elaborar um planejamento tributário, a ser rigorosamente seguido;
- Trabalhar com orçamentos realísticos e fortalecer os processos de
controladoria, de modo a garantir que a execução orçamentária não produza
déficits nos demonstrativos de resultados;
- Controlar as receitas e despesas por centros de custo, de modo a
manter no clube apenas atividades superavitárias ou autofinanciáveis;
- Planejar uma gestão por objetivos de curto, médio e longo prazo, que
demonstre a viabilidade econômica do Clube e facilite a negociação com
possíveis investidores que tragam dinheiro novo para o clube;
- Reconquistar a credibilidade no mercado pela transparência,
responsabilidade e eficácia da gestão econômica-financeira do clube.
MARCELO: Fomos excluídos do
ato, por uma manobra contábil, praticada no segundo mandato do atual
presidente, julgada ilegal e precisamos retornar com a máxima urgência. Em
relação ao Refis e a Lei de Responsabilidade Fiscal no Esporte, que tramita no
Congresso e substitui o Proforte, será tratada com a máxima responsabilidade.
Aliás, somos o único dos atuais mandatos que já começou a se preparar para esse
desafio. Realizamos mais de uma reunião com o Deputado Federal Otávio Leite,
relator da lei e estamos nos preparando. Importante ressaltar entretanto, que a
resposta fundamental ao desafio do endividamento, além dos refinanciamentos é a
geração de receita, e temos um projeto muito agressivo para esse fim.
VINÍCIUS: Foi um grande erro
estratégico da atual gestão em apostar que a Lei de Responsabilidade Fiscal
seria votada no Congresso imediatamente. Esta atitude demonstrou a total falta
de planejamento da gestão, o que ocorre no clube há muitos anos. A aprovação
poderá mudar a realidade dos clubes no Brasil, principalmente baixando o
patamar irreal de salários hoje no futebol brasileiro. A conta não fecha nunca,
são salários milionários, onde todos ganham (jogadores, empresários, CBF,
Federação), menos os clubes, porque sua arrecadação não comporta a grandeza dos
gastos. O clube já conseguiu através de investidores alvinegros pagar três
parcelas do REFINS, faltam ainda duas, estamos próximos de voltar para o Ato
Trabalhista e após teremos o desafio de todo mês ter em caixa em torno de R$
2.500.000 para pagar as parcelas acordadas. Em dia podemos recuperar as nossa
certidões e assim alavancar nossas receitas e buscar projetos incentivados para
a construção dos nossos CTs. Para isto teremos que ter profissionais qualificados
para conseguir esses objetivos.
8) Como avalia a gestão Maurício Assumpção?
CARLOS EDUARDO: A reeleição mais uma vez fez mal
ao BOTAFOGO e nosso compromisso é promover uma reforma estatutária que a
proíba. Depois de 3 anos razoáveis, sustentados por muito marketing pessoal, o
atual presidente e seus companheiros, que hoje estão na chapa azul, perderam-se
completamente e estão chegando ao final do mandato de forma melancólica.
Deveriam ter renunciado mais cedo e poupado o Clube de um ano para ser
esquecido. Mas pior, ainda pretendem permanecer conduzindo o Clube através da
chapa azul, o que, por certo, os associados não permitirão.
MARCELO: Para todos os
analistas de mercado, existiram dos momentos da administração do atual
presidente. O primeiro mandato, quando medidas importantes foram tomadas e a
contratação de profissionais asseguraram providências reconhecidas como
fundamentais, com um impacto muito positivo. E o segundo mandato, em especial
os últimos 2 anos, quando ele desmontou a equipe de profissionais e aparelhou o
clube. Nessa transição, foram demitidos: eu, do marketing, o Miguel Ângelo da
Luz, dos Esportes Olímpicos, o Anderson Barros do Futebol, O Luis Fernando do
Administrativo e o Renato Blaute do Financeiro, funções estratégicas que foram
ocupadas por amigos da praia e políticos despreparados. Deu no que deu.
VINÍCIUS: Desastrosa, mas fruto do
modelo de gestão e que neste processo apenas a Chapa Alvinegra se propõe mudar,
com uma profunda reforma estatutária e avançar na ampliação da democracia
interna. O Botafogo é um clube fechado e de poucos, e este modelo colocou em
risco a sobrevivência deste clube glorioso e centenário.
9) Como recuperar a confiança do torcedor, após um ano de tanta
humilhação, com pior campanha em estaduais, última posição no grupo da
Libertadores, eliminado com goleada na Copa do Brasil e lutando para não cair
no Brasileiro?
CARLOS EDUARDO: O torcedor do BOTAFOGO é ÚNICO e forte o bastante
para superar mais estes momentos difíceis.
Entendemos que é essencial um choque de transparência e credibilidade,
para que todos os botafoguenses se unam na luta pela recuperação do Clube. Para
que este compromisso seja duradouro, nossas ações precisarão ser divulgadas e
entendidas por todos. Ninguém será comissionado, terá favores ou privilégios.
Os botafoguenses verão que o Clube vai iniciar um novo tempo.
MARCELO: È um trabalho de
longo prazo, mas que começa no primeiro dia. O torcedor e o Sócio do Botafogo
são especialmente inteligentes e reconhecem o sinal de boas práticas.
Fundamental dar transparência e visibilidade as decisões que forem sendo
tomadas e cumprir os compromissos de campanha, o projeto executivo proposto. A
partir daí, o torcedor volta. Sei disso, porque sou torcedor e o que queremos é
seriedade, profissionalismo e vitórias.
VINÍCIUS: Com uma gestão
transparente, ética e democrática, mostrando para o torcedor que tem algo
diferente de tudo o que ele já viu e tanto o desapontou. O clube precisa abrir
sua “caixa preta” para os sócios e para todos os alvinegros, que precisam
conhecer a verdadeira realidade do clube, só assim acreditamos que a torcida
comprará o “barulho” de assumir junto à recuperação que o clube tanto necessita.
10) Poucos jogos em tv aberta acabam dificultando a conquista de
patrocinadores. Como trabalhar isso junto à emissora de televisão?
CARLOS EDUARDO: Vamos dialogar com a televisão
pois entendemos que a diferença existente entre a remuneração dos grandes
Clubes é exageradamente grande e nos dispomos a debater este tema. Não custa
lembrar que foi exatamente o atual Presidente, hoje representado pela chapa
azul, que fez a péssima negociação que resultou no fim do Clube dos Treze e do
baixo crescimento de nossas receitas.
MARCELO: A relação com o
mercado em geral passa pela conquista de credibilidade e um posicionamento
firme e independente. O que não dá é o presidente com outros interesses, atrás
de cargos no status quo do futebol ou com visões políticas eleitorais. Por
outro lado, não adianta a bravata. O mercado está se profissionalizando e a
bravata faz parte do futebol de outras eras. O que precisamos são negociadores
hábeis, apoiados por projetos profissionais e equipes competitivas. Ao Botafogo
não será concedido menos do que ele merece e assim será. Trataremos o assunto
com profissionalismo e independência, tendo como único e intransigente objetivo
alavancar os interesses do nosso clube e a projeção da nossa marca.
VINÍCIUS: Primeiramente precisamos
recuperar o valor da marca Botafogo e fazer outra negociação com a televisão
para melhorar o patamar e encurtar a diferença entre os clubes, afinal não pode
se perder o chamado equilíbrio de forças no futebol brasileiro, onde doze equipes
entram no campeonato buscando o título, em qual campeonato do mundo temos isto?
Precisamos mostrar para a tv que a marca Botafogo é forte e o clube tem que ser
visto como parceiro de negócio. A nossa exposição precisa crescer. Outros
fatores andam em conjunto, como a montagem de um time competitivo e da torcida
perceber que existe uma gestão transparente e ética.
11) Acredita que o time atual conseguirá evitar o rebaixamento? Caso não
consiga (batendo na madeira aqui), está preparado para encarar mais esta
situação?
CARLOS EDUARDO: Confio no empenho e dedicação de nossa equipe e
Comissão Técnica, que estão se empenhando, mesmo sem receber em dia. Qualquer
que seja o desfecho esportivo do Brasileirão, estaremos empenhados na
elaboração do planejamento para o Carioca de 2015, para apagarmos a péssima
campanha de 2014, a pior de toda a nossa história.
MARCELO: Estamos na torcida.
Como disse, sou um torcedor nato Alvinegro, daqueles que não desistem nunca.
Vamos até o fim com esse grupo, dentro ou fora da presidência. A hora é de
torcer e apoiar. Escapar da segunda divisão será um enorme desafio, mas como
Botafoguense já enfrentamos outros. Vamos em frentes, juntos. Nossa torcida é
uma fortaleza e jamais se renderá.
VINÍCIUS: Com todo esse caos, o
atual elenco vem sendo guerreiro. Sem salários, condições de trabalho e
abandonados pela atual diretoria, o Botafogo ainda está vivo para evitar o
desastre. Isto tudo é consequência do modelo de gestão que impera no clube há
anos e que precisa mudar com urgência. É claro que será um grande prejuízo
financeiro nas negociações de futuros contratos e uma humilhação para esta
apaixonada torcida, mas trabalhamos com esta possibilidade sim, mesmo
acreditando que a magia da estrela solitária irá ainda nos salvar. Mas vamos
repensar o clube como um todo, começar a pavimentar o caminho de volta ao topo
do futebol brasileiro. Isso a torcida pode ter certeza!
12) Projeto concreto para o CT da base?
CARLOS EDUARDO: Sempre defendemos a criação de um centro de
treinamento único, integrando os profissionais e as divisões de base, fazendo
assim uma sinergia entre esses dois setores para uma completa verticalização do
Departamento de Futebol e melhor adaptação dos métodos de treinamento dos
atletas, quando da passagem de categoria.
Essa medida é praticada pela maioria dos grandes clubes do mundo, e
também reduz custos de maneira significativa, otimizando nossos conhecidos
parcos recursos. De certo forma, foi uma sorte que as diversas “pedras
fundamentais” lançadas pelo atual Presidente ao longo de seis anos, não tenham
resultado na construção de nenhum CT, pois isso poderia ter significado o
investimento em uma estrutura excessivamente cara e ineficiente. Estaremos
abertos para investimentos conjuntos que permitam a implementação do projeto ao
longo de 2015.
MARCELO: Vamos por partes. Tratar sem populismo um assunto de
alta complexidade. Temos como projeto prioritário a construção de instalações
esportivas, tanto para a base, quanto para o profissional. Já estamos avaliando
as disponibilidades de terrenos e os melhores projetos executivos. Mas para 2015,
temos que rodar com o que temos. Para ser sincero, me angustia mais a falta de
CT para a Base. Estamos batendo cabeça, treinando no improviso, é isso é
extremamente prejudicial ao desenvolvimento dessas categorias. Um bom CT da
Base é profundamente estratégico e vamos dar atenção prioritária para isso.
VINÍCIUS: A construção do Centro de
Treinamento de Futebol Amador, em Marechal Hermes é fundamental para o
desenvolvimento da nossa base. Trabalhar os nossos futuros atletas de forma
integral para que criem um vínculo maior com o clube e se transformem nos
pilares do futuro. Para isto já estamos buscando projetos incentivados e além
de criar um fundo para abrir a possibilidade de grandes alvinegros ajudarem
neste desafio. Ele será gerido por algum alvinegro que será indicado de
consenso entre todas as forças políticas do clube e de fora da direção, para
dar mais credibilidade e transparência ao processo.
Criar a
Escola Estrela Solitária de Ensino Médio com o lema "Mais do que treinar:
Educar". A escola será ferramenta primordial na formação de nossos futuros
atletas, que ainda terão a oportunidade de perceber a importância de jogar em
um clube da grandeza do Botafogo FR.
Dentro
desse processo pedagógico, estaremos transmitindo valores extra-campo, como a
moral, ética, disciplina e coletividade. Assim, "blindando" nossas
peneiras, que hoje são abertas e onde existe farta distribuição de cartões de
agente, que buscam tirar algum proveito de futuras promessas. Formaremos
atletas e cidadãos botafoguenses.
Precisamos
entender que a formação de futuros atletas representa a viabilidade econômica -
afinal, estes jovens podem se tornar um ativo importante para o clube no
futuro.
Vamos
criar valores, desde a base até o profissional, buscando desenvolver uma identidade
clara na forma de jogar do clube. Criando um modelo de jogo que seja inerente a
todas as categorias. Dessa forma, o time profissional terá, na base, as suas
raízes. Inclusive as contratações dos profissionais da área precisam ter a
identificação com este projeto de formação.
Além dos
projetos específicos para a base, a nova gestão irá retomar as escolinhas por
bairros ou municípios, administradas pelo futebol amador. Assim, abrindo as
chances de encontrar novos e bons atletas além de fortalecer a marca Botafogo
FR, Brasil afora.
13) Com a situação financeira atual, qual o nível de elenco que pretende
montar para 2015?
CARLOS EDUARDO: Temos poucas receitas disponíveis para 2015, pois a
maioria já está comprometida com dívidas.
Entendemos que muitos Clubes não conseguirão manter plantéis de
altíssimo investimento e prevemos um ano de transição que irá nos favorecer.
Certamente teremos um time competitivo e mesclando experiência, talento e
juventude.
MARCELO: Antes de tudo, precisamos
de dirigentes com experiência e histórico de conquistas em nosso clube. Minha
preocupação com esse tema era tão intensa, que trouxe o Edson Santana, o
dirigente Alvinegro com os mais importantes títulos conquistados em toda a
nossa história. Foi uma honra quando ele aceitou o convite para integrara a
nossa Chapa. Hoje, além de ser o meu Vice-Presidente Geral, ele acumulará o
futebol. Tem em sue currículo a conquista da Sul-america Conmembol, o
Brasileiro de 95, a Tereza Herrera, dois Cariocas, além do ultimo Rio-São
Palulo. Um vitorioso, testado e aprovado, e em um momento de grande
dificuldades financeiras também. Além dele e com uma experiência complementar,
temos conosco um estudioso, um acadêmico da futebol, com larga experiência
prática, uma cria de nossa Casa, Humberto Redes, que trará o apoio necessário
de planejamento para a alavancagem do futebol. Um executivo moderno e atuante
complementará essa equipe.
VINÍCIUS: Vamos melhorar com
certeza o nível do elenco, independente da realidade do clube. Vamos buscar
pessoas com conhecimento no mercado, usar a criatividade, afinal hoje no
futebol brasileiro, infelizmente, não temos mais a figura do grande craque. Não
iremos fazer a loucura de contratar o que não podemos pagar. Vamos dar todas as
condições para que os profissionais do futebol possam realizar um bom trabalho.
É um processo duro de recuperação, mas necessário. Além de tratar a dívida do
clube de forma profissional, já estamos buscando alternativas de novas
receitas. Venho da arquibancada e todos podem estar certos que irei buscar 24
horas por dia, deixar um Botafogo melhor e campeão ao final da minha gestão,
mesmo sabendo do grande desafio quer teremos pela frente.
14) Se eleito, pretende procurar Jefferson para tentar mantê-lo no
clube?
CARLOS EDUARDO: A permanência do Jefferson é
essencial para a retomada de nossas atividades em 2015. Tanto pelo grande
atleta que é, pela condição de titular da seleção brasileira e pelo caráter
internacional que dá ao nosso plantel. Essencial.
MARCELO: Jefferson é uma de
nossas prioridades. Já trabalhei com ele e sei de sua índole e carinho pelo
clube. Ele é uma referência e precisa ser mantido. Precisamos de um projeto de
marketing para mantê-lo e já fizemos isso, temos experiência. Criamos em 2011 a
linha Jeff Brasil para a criançada e vamos ampliar nossas ações.
VINÍCIUS: Representantes da nossa
chapa já entraram em contato com seu representante e manifestamos o interesse
de apresentar um projeto ao Jefferson, em que ele será o pilar da recuperação
do Botafogo no futebol. Ele é ídolo e ídolo não se vende. Mas precisa ser mais
bem tratado, hoje se uma criança quiser comprar uma camisa do nosso goleiro,
não tem do seu tamanho na Loja Oficial do clube. Isto é só um exemplo que tudo
precisa ser repensado no glorioso.
15) Sócio torcedor com direito a voto, sim ou não?
CARLOS EDUARDO: SIM.
A democratização do clube para todos os botafoguenses é essencial, e
vamos sim fazer um programa de sócio não-proprietário que tenha direito a votar
e a ser votado nas eleições internas do clube. A ideia é segmentar os planos de
sócio de acordo com a preferência do torcedor, que é o nosso grande cliente. O
torcedor que quiser ter direito a voto paga um valor determinado. Outro que
quiser ter acesso ao clube social paga mais um valor. O que quiser ter apenas
acesso ao estádio paga outro valor, e assim sucessivamente. O nosso
sócio-torcedor-cliente terá um cardápio de opções à disposição dos
botafoguenses para customizar o plano de sociedade que melhor lhes convier,
impulsionando assim as receitas do clube e gerando direitos, conforto e
praticidade para nossos torcedores.
MARCELO: È compromisso nosso
levar o assunto para o Conselho. Não quisemos usar isso eleitoralmente, até
porque, nosso programa de Sócio Torcedor precisa de outras medidas de
revigoramento. Esse é um assunto que será tratado com toda a certeza na minha
gestão.
VINÍCIUS: Este é um dos principais
pilares do nosso projeto de recuperação do Botafogo. A Chapa Alvinegra não
enxerga a recuperação do clube sem a sua torcida ao lado. A proposta do direito
de voto do Sócio Torcedor, tem que ser visto de duas formas: Democrática e
Financeira. Hoje, o
destino do Botafogo é decidido por um grupo muito reduzido de botafoguenses.
Seus órgãos internos, como o Conselho Deliberativo, são meras figuras
decorativas. Não há qualquer tentativa de oxigenação da política interna e de
seus dirigentes.
Somados
os votos das duas últimas eleições do Botafogo, chegamos ao irrisório número de
pouco mais de 1.000 votantes. O Botafogo é grande demais para que apenas uns
poucos decidam o seu caminho. Algumas pessoas ainda resistem a esta abertura,
porque se acham donas do clube.
Precisamos
trazer a torcida para dentro do clube! Refiro-me a todos que podem de alguma
forma, somar forças e colaborar para um novo futuro.
Nesse
sentido, o melhor caminho é aprovar o direito ao voto do sócio torcedor, com
pelo menos dois anos de adimplência, ampliando assim, o colégio eleitoral. Nós
inclusive já registramos este compromisso em cartório e desafiamos as demais
candidaturas a fazerem o mesmo. Não querem, porque não estão convictos ou por
oportunismo eleitoral, esta proposta, dizem, pode desagradar aos sócios
proprietários, que é o eleitor no momento. A nossa proposta não dá direito a
frequentar o clube e de ser votado, isto é direito do Sócio Proprietário.
Queremos que o Sócio Torcedor possa após três anos de adimplência, tenha a
oportunidade de adquirir o título de Sócio Proprietário, com desconto, afinal
ele ficou três anos pagando em dia o seu programa e ajudando o clube. O Sócio
Proprietário terá acesso aos jogos do time profissional e não precisará pagar
duas vezes, como acontece hoje em dia.
A
arrecadação do Sócio Torcedor, hoje é de apenas R$ 300 mil mensais, enquanto o
Internacional e o Cruzeiro passam de R$ 4 milhões/mês. Como competir com esta
diferença de arrecadação?
Por tudo
isto, temos dito que a verdadeira
mudança é só com a Chapa Alvinegra,
Vinícius-Presidente e vice Luiz Claudio, o Ique. Conheçam
nossas propostas no site: www.viniciuspresidente.com.br E no Facebook: Vincicius Presidente do Botafogo Contato
através do email: candidato@viniciuspresidente.com.br
Espero que a entrevista tenha sido produtiva para todos os alvinegros,
em relação às questões levantadas. Que na eleição do dia 25 vença aquele que
for de fato o melhor para o nosso clube e o recoloque no caminho das vitórias,
dos títulos e da estabilidade.
Saudações alvinegras.
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