No dia 25 de novembro de 2014 os alvinegros elegiam seu novo presidente. Dos quatro candidatos, o escolhido foi Carlos Eduardo Pereira.
Neste um ano o clube terminou na 2ª colocação do Estadual, depois de ter feito, em 2014, a pior campanha no referido campeonato. Também durante este primeiro ano de nova gestão o clube conseguiu o retorno para a série A, conjuntamente com o título da série B.
Durante o pleito eleitoral encaminhamos 15 perguntas aos então
candidatos e a publicação no blog ocorreu algumas semanas antes da eleição e, também, um dia após a mesma, neste caso somente com as respostas do
candidato eleito.
Analisaremos, nesta postagem, respostas dadas pelo presidente um ano atrás. Não faremos a nossa análise para todas as perguntas, já que algumas eram bem específicas para o momento que o clube atravessava ano passado.
Tentamos que tal paralelo fosse feito pelo próprio presidente, mas, infelizmente, não obtivemos nenhuma resposta para os e-mails encaminhados para o mesmo
endereço em que já tivemos retornos anteriores.
A quem interessar, as respostas de um ano atrás, na íntegra, podem ser lidas clicando aqui.
Vamos a algumas respostas de um ano atrás dadas pelo presidente e algumas considerações que fizemos com base no momento atual:
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Para a pergunta: Após assumir
o clube, buscará os candidatos derrotados para que possam aglutinar forças em
prol do clube?
o presidente
respondeu que a chapa estava aberta ao diálogo com as demais, com os associados
e torcedores. Que não poderiam abrir mão dos botafoguenses que quisessem
ajudar, mas sempre dentro dos valores que regem seu Plano de Gestão e desde que
não tivessem participação nos atos da gestão anterior.
Perguntaríamos ao presidente se nesse um ano de gestão
houve entendimento e colaboração de integrantes das demais chapas.
Consideramos que seria bom, diante das dificuldades que o Glorioso atravessa, se os diferentes grupos de alvinegros convergissem suas ideias, deixassem as diferenças de lado e unissem forças em prol do clube, mas, infelizmente, parece que é pedir demais.
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Em relação à pergunta, "Em sua opinião, atualmente qual a principal
prioridade do Botafogo?", a resposta na íntegra foi a seguinte:
“Sem dúvida alguma é o setor financeiro e o equacionamento
das pendências fiscais, trabalhistas e cíveis, sem o que não teremos como
gerenciar o Clube. O BOTAFOGO hoje encontra-se em estado de insolvência de
fato, e isso precisa ser revertido o mais rapidamente possível. Em seguida, o futebol
como um todo, da base ao time principal e a captação de novos recursos e
patrocínios, sem os quais nada se consegue”.
Sobre as questões abordadas na
resposta, não há como negar o esforço e os avanços feitos pela atual direção.
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Na pergunta sobre o estádio Nilton
Santos: "Planos relacionados ao Engenhão, assim
que estádio for devolvido ao clube?"
o presidente na ocasião respondeu que a
questão do estádio
Nilton Santos ainda estava muito nebulosa, que a forma como ocorreu a
interdição e a inércia do clube foram perturbadoras e que sócios e torcedores mereciam
tudo bem apurado e divulgado. Citou
prospecções e estudos em relação a parceiros comerciais para explorar
economicamente o estádio. Disse que o estádio passaria a ostentar nossas cores.
O estádio foi devolvido ainda em
obras e agora ficará por conta dos Jogos Olímpicos. Sobre a interdição, considero
que ainda há esclarecimentos que precisam ser feitos. Sobre os parceiros e sobre ostentar
nossas cores, espero que após as Olimpíadas isso volte à pauta e se concretize.
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A pergunta "O que pensa sobre
uma possível cogestão do Engenhão, conforme foi noticiado?" teve a
seguinte resposta na íntegra:
“Precisaremos conhecer exatamente as relações
existentes entre o BOTAFOGO e a operadora, pois já foi feito um empréstimo de
mais de R$ 20 milhões sem a aprovação dos órgãos do Clube (Conselhos Fiscal e
Deliberativo). Qualquer
decisão deverá estar amparada num plano de negócios vantajoso para o BOTAFOGO”.
O assunto cogestão do estádio foi levantado novamente pela imprensa, agora em relação a outro clube, mas, pelo que foi
noticiado na ocasião, o presidente rechaçou a ideia.
Em relação ao empréstimo de um ano atrás, iríamos
perguntar ao presidente qual o risco que o clube corre.
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Para a pergunta "Sobre a situação financeira, o que pensa das ações do
clube em relação ao Ato Trabalhista, REFIS, Proforte?" foram
levantados os seguintes tópicos na resposta:
- Fazer uma “due diligence” da Dívida, de modo a avaliar exatamente o
seu valor e o seu perfil;
- Alongar o perfil da dívida de curto prazo, por meio de negociação
realista com credores;
- Examinar detalhadamente os contratos atuais do clube, procurando
renegociar ou rescindir aqueles que não tragam benefícios reais ou prejuízos ao
clube;
- Elaborar um planejamento tributário, a ser rigorosamente seguido;
- Trabalhar com orçamentos realísticos e fortalecer os processos de
controladoria, de modo a garantir que a execução orçamentária não produza
déficits nos demonstrativos de resultados;
- Controlar as receitas e despesas por centros de custo, de modo a
manter no clube apenas atividades superavitárias ou autofinanciáveis;
- Planejar uma gestão por objetivos de curto, médio e longo prazo, que
demonstre a viabilidade econômica do Clube e facilite a negociação com
possíveis investidores que tragam dinheiro novo para o clube;
- Reconquistar a credibilidade no mercado pela transparência,
responsabilidade e eficácia da gestão econômica-financeira do clube.
Em relação aos tópicos levantados na época, a ideia era que o presidente pudesse nos responder agora sobre a situação atual de cada
um deles.
Conseguimos retornar ao Ato Trabalhista e a direção
merece os elogios por isso. Infelizmente alguns credores tentam furar a fila do
Ato. Acredito que a forma como as coisas vêm sendo conduzidas, o clube aos
poucos vai reconquistando a credibilidade.
Hoje o clube anunciou que aderiu ao PROFUT, que é o programa de refinanciamento de dívidas.
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Em relação à pergunta "Como avalia a gestão Maurício Assumpção?"
o presidente respondeu, entre outras coisas, que
a reeleição tinha mais
uma vez feito mal ao BOTAFOGO e que tinha como compromisso promover uma reforma
estatutária que a proíba.
No dia 29/10/2015 foi veiculado no site globo.com que há um grupo de trabalho analisando algumas
mudanças estatutárias, entre elas o fim da reeleição, com o mandato passando a
ser de 4 anos e não mais de 3.
Perguntaríamos ao presidente se ele confirmava tal
informação e, em caso afirmativo, se a referida proposta já valeria para o
mandato em vigor ou somente para o próximo.
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Sobre a questão "Como recuperar a confiança do torcedor, após um ano de
tanta humilhação, com pior campanha em estaduais, última posição no grupo da
Libertadores, eliminado com goleada na Copa do Brasil e lutando para não cair
no Brasileiro?"
o presidente respondeu que era essencial um choque de transparência e
credibilidade, para que todos os botafoguenses se unam na luta pela recuperação
do Clube e para que o compromisso seja duradouro as ações precisariam ser divulgadas
e entendidas por todos.
Sabemos que o principal objetivo, o
retorno para a série A, foi alcançado, o que trouxe um grande alívio.
Perguntaríamos ao presidente se ele considera, com o trabalho
apresentado, que o apoio foi o esperado ou foi aquém da expectativa.
Perguntaria também, com base na transparência, o que leva o clube a
contratar atleta e não utilizá-lo (por
exemplo, Bazallo).
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Para a pergunta "Poucos jogos em tv aberta acabam dificultando a conquista
de patrocinadores. Como trabalhar isso junto à emissora de televisão?"
o presidente
respondeu que iria dialogar
com a televisão, pois a diferença entre a remuneração dos grandes clubes é
exagerada.
Perguntaríamos se houve
algum avanço nos diálogos com a tv durante este primeiro ano de gestão.
Não observamos alguma melhora nesse período.
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Para a questão "Projeto concreto para o CT da base?"
foi respondido sobre a vontade de criação de um centro de treinamento único, integrando o profissional e
a base, possibilitando uma sinergia e uma verticalização do Departamento de
Futebol e melhor adaptação dos métodos de treinamento. Disse que tal medida reduziria custos e otimizaria os recursos.
Sabemos que a dificuldade financeira
do clube é imensa, o que com certeza ainda inviabiliza tal medida.
Perguntaríamos ao presidente se ele considera que o
que foi feito com Caio Martins e General Severiano (retorno do campo de treino)
podem ser considerados como grandes avanços em 2015, diante da falta de recursos.
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Para a pergunta "Com a situação financeira atual, qual o nível de elenco
que pretende montar para 2015?", a resposta na íntegra foi:
“Temos poucas receitas disponíveis para 2015, pois a maioria já está
comprometida com dívidas. Entendemos que muitos Clubes não conseguirão manter
plantéis de altíssimo investimento e prevemos um ano de transição que irá nos
favorecer. Certamente teremos um time competitivo e mesclando experiência,
talento e juventude”.
O elenco montado atingiu o objetivo
de conduzir o clube de volta para a série A.
Poderíamos
perguntar ao presidente, com base na mesma pergunta de um ano atrás, o que ele
poderia nos dizer visando a campanha em 2016.
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Da pergunta "Se eleito, pretende procurar Jefferson para tentar mantê-lo no clube?" destacamos o seguinte trecho da resposta:
“A permanência do Jefferson é essencial para a
retomada de nossas atividades em 2015”.
Jefferson de fato ficou em 2015, sendo importantíssimo para o nosso retorno, assim como a referência para a torcida dentro do elenco formado.
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Para a pergunta "Sócio torcedor com direito a voto, sim ou não?"
a resposta foi SIM, que a ideia era segmentar os planos de sócio de acordo
com a preferência do torcedor. Que o torcedor que quiser ter direito a voto
pagaria um valor determinado, o que quiser ter acesso ao clube social pagaria outro
valor, o que quisesse ter apenas acesso ao estádio, outro valor, e assim
sucessivamente.
Na matéria da globo.com de 29/10/2015, além da questão da reeleição, consta
que o grupo de trabalho também estuda o direito a voto para o sócio torcedor.
Perguntaríamos ao presidente se procede a informação
e, em caso afirmativo, se já valeria para a próxima eleição e qual período de
carência para ter direito a voto.
Infelizmente não conseguimos receber as respostas pretendidas, mas quem sabe ainda possam ser respondidas para este espaço.
Neste um ano gostaríamos de parabenizar a direção do clube por ter conseguido atingir o objetivo de reconduzir o Glorioso ao lugar que é dele. Que no próximo ano de gestão novos objetivos sejam alcançados, sempre pensando em elevar cada vez mais o Botafogo.
Saudações alvinegras.