domingo, 25 de fevereiro de 2018

Evolução tática gradual

 A vitória do Botafogo sobre a Cabofriense, por 1x0, no Nilton Santos, mostrou que a equipe alvinegra vem evoluindo gradualmente no que se refere à questão tática. Em dois jogos sob o comando do novo treinador, Alberto Valentim, o time alvinegro apresenta outra postura em campo, mais organizado, mesmo com as limitações técnicas ainda existentes.

 A chegada do lateral esquerdo Moisés melhorou consideravelmente aquele lado. Foram apenas dois jogos do novo reforço, mas ele apresentou qualidades e considero, até aqui, uma grata surpresa. A efetivação de Marcinho na lateral direita, na vaga anteriormente ocupada por Arnaldo, também melhorou muito o setor. A evolução tática também acaba por fazer alguns jogadores evoluírem tecnicamente e Pimpão parece que é um que vem se recuperando.

 O treinador vem optando por uma equipe mais leve e hoje, mesmo com a vitória tendo ocorrido pelo placar mínimo, não temi pela mesma, como temi no jogo anterior, quando “cedemos” um gol para a equipe adversária. Hoje passamos sem maiores sustos.

 A equipe alvinegra começou tocando a bola, valorizando a posse da mesma, chegou aos 3 minutos, em boa jogada individual de Marcinho, que acabou chutando por cima. Teve outra boa jogada aos 6, com troca de passes entre Pimpão, Moisés e João Paulo, que chutou para fora e chegou ao gol aos 7, com Kieza concluindo de cabeça um cruzamento vindo da esquerda, feito por Pimpão. A equipe diminuiu o ritmo intenso inicial, mas a única chegada mais perigosa do adversário aconteceu aos 16, em chute da entrada da área, que Gatito pegou em dois tempos.

 No 2º tempo o time cadenciou um pouco o jogo e chegou com Ezequiel aos 13, em chute de fora da área, que passou por cima do travessão. Em seguida, Ezequiel foi substituído por Luiz Fernando. Aos 17, Léo Valencia arriscou de fora da área e o goleiro espalmou para escanteio. No minuto seguinte, Lindoso cruzou, Rabello cabeceou, o goleiro defendeu à queima roupa, a bola sobrou para Luiz Fernando, que chutou e a zaga bloqueou.

 O time alvinegro poderia ter ampliado aos 26, em bom cruzamento de Marcinho, mas Kieza não alcançou e Pimpão pegou mal na bola. O nosso treinador substituiu Pimpão aos 29, fazendo entrar Luis Ricardo, e aos 38 sacou Kieza e colocou Brenner. Aos 39, Lindoso lançou Léo Valencia, que avançou livre pela meia direita, poderia tocar ao lado para Luis Ricardo, mas esticou demais a bola e desperdiçou uma chance incrível. Aos 42, João Paulo lançou para Luis Ricardo na área, que chutou cruzado, mas o goleiro rebateu a bola.

Cartões

 Amarelo para Léo Valencia.

Escalação/substituições

 Gatito, Marcinho, Marcelo, Igor Rabello e Moisés; Lindoso, João Paulo e Léo Valencia; Ezequiel (Luiz Fernando), Kieza (Brenner) e Pimpão (Luis Ricardo).

 Saudações alvinegras!

quinta-feira, 22 de fevereiro de 2018

Um alento a estreia de Valentim no comando técnico

 Na estreia do novo treinador Alberto Valentim, o Botafogo derrotou o Nova Iguaçu por 2x1 e o que se viu em campo serviu como alento para o restante da temporada. A equipe mostrou muito mais organização do que víamos com o treinador anterior.

 Podemos dizer que finalmente tivemos dois laterais bem mais efetivos do que os que vinham sendo mantidos como titulares. Marcinho e o recém chegado Moisés tiveram boas atuações, principalmente o primeiro, com participação, inclusive, no primeiro gol. Alterações providenciais que o novo treinador promoveu na equipe.

 Percebe-se que Valentim optou por uma equipe mais leve, mais veloz, com Marcelo na zaga, no lugar de Carli, com Kieza na frente, no lugar de Brenner, e com Ezequiel como titular.

 O destaque da partida, em minha opinião, foi João Paulo. Marcamos dois gols, um de Kieza, bem posicionado na área e conclusão certeira e outro de falta, no ângulo, cobrada por Léo Valencia. Isso mesmo, hoje saiu um gol de falta. O adversário marcou um, mas podemos dizer que o presenteamos com o gol, em passe equivocado de Arnaldo, quando a partida estava sob nosso domínio.

 No 1º tempo, aos 17 minutos, Marcinho tocou de três dedos para Ezequiel, que ganhou do marcador junto da linha de fundo, pela direita, tocou para Kieza, bem posicionado na área, que mandou rasteiro para as redes, abrindo o placar. Tocando a bola, o Botafogo dominava o jogo e aos 28, em cobrança de falta da entrada da área, Léo Valencia mandou no ângulo e ampliou para 2x0. O adversário somente chegou aos 37, quando Lindoso errou um passe, um jogador do Nova Iguaçu chutou da entrada da área e Gatito defendeu firme.

 Mal começou o 2º tempo e quase ampliamos, quando Marcinho tocou para Kieza, que chutou rente à trave, aos 4 minutos. Aos 20, sentindo desgaste físico, Macinho deu lugar a Arnaldo e o mesmo ocorreu com Ezequiel aos 23, sendo substituído por Luiz Fernando. Aos 24 minutos Arnaldo dominou na lateral, tinha um companheiro ao seu lado, mas atravessou a bola para Rabello, que estava mais afastado. O zagueiro aparentemente não esperava o passe, não conseguiu dominar, um adversário ficou com a bola, entrou na área e mandou para as redes.

 O time, momentaneamente, sentiu a falha e o gol. Aos 34 Pimpão sentiu uma lesão e foi substituído por Dudu Cearense. Aos poucos o alvinegro foi se reencontrando em campo. Aos 42, após escanteio da direita, Dudu Cearense cabeceou e o goleiro espalmou. Um minuto depois, Luiz Fernando recebeu na área, pela esquerda, bateu um marcador, chutou cruzado e a bola subiu.

Cartões

 Amarelo para Dudu Cearense.

Escalação/substituições

 Gatito, Marcinho (Arnaldo), Marcelo, Rabello e Moisés; Lindoso, João Paulo e Léo Valencia; Ezequiel (Luiz Fernando), Kieza e Pimpão (Dudu Cearense).

 Saudações alvinegras!

terça-feira, 13 de fevereiro de 2018

5 anos de Opinião Botafoguense

 Hoje, 13 de fevereiro, o blog Opinião Botafoguense completa 5 anos. Tentamos nesse período emitir nossas opiniões sobre as partidas realizadas pelo Glorioso, assim como informações que julgamos necessárias em diversos momentos.

 Tanto em relação aos textos, como ao blog em si, buscamos mantê-los sempre da forma mais simples possível, mas sempre com dedicação, ressaltando que não temos formação jornalística, embora admiremos a profissão.

 Ao completar seus 5 anos, o blog também atingiu a marca de 1000 postagens, mas infelizmente foi exatamente a que tratou da nossa eliminação na Copa do Brasil. Tais situações adversas, como a referida eliminação, da forma que ocorreu, às vezes desanima, nos faz refletir se vale a pena continuar, mas o amor ao Botafogo é maior.

 A todos que já passaram pelo espaço, nem que tenha sido apenas uma vez, nosso MUITO OBRIGADO.

 Saudações alvinegras! 

sábado, 10 de fevereiro de 2018

Erro de avaliação que custou caro, MUITO CARO

 A direção do Botafogo, quando da saída do treinador Jair Ventura, avaliou que o que havia dado certo quando da efetivação do mesmo, poderia dar certo novamente, ao colocar o então auxiliar Felipe Conceição como treinador do alvinegro. A saída de Felipe, após a derrota por 3x1 no clássico, nesse sábado, mostrou que a avaliação inicial foi um equívoco. Aliás, tal saída já deveria ter ocorrido após o VEXAME de terça-feira passada, na eliminação da Copa do Brasil na 1ª fase.

 O jovem treinador pode até vir a ter sucesso e desejo que aconteça, mas que comece em equipes menores, com responsabilidades menores, com pressões menores. A responsabilidade pelo que vimos na terça-feira e refletido na semifinal desse sábado é toda da direção do clube, que foi quem o colocou como treinador e ainda o manteve, mesmo depois da vergonha, da humilhação de terça-feira passada. Essa mesma direção que não se pronunciou sobre o vexame, que em momento algum se desculpou junto aos seus torcedores.

 A eliminação na 1ª fase da Copa do Brasil trouxe um prejuízo de 1 milhão e duzentos mil reais e se considerarmos o que deixará de arrecadar nas fases seguintes da competição, o prejuízo é muito maior. Outro detalhe importante é que podemos considerar que Felipe era uma aposta e em se tratando de uma aposta, como o clube faz um contrato de três anos, conforme tem sido divulgado?

 Sobre a semifinal, um 1º tempo em que não demos um mísero chute a gol. Por outro lado, Jefferson viu um atacante, livre, cabecear a bola rente à sua trave aos 17, viu a bola estourar em seu travessão aos 27, viu, aos 35, outro atacante cabecear livre novamente, mas dessa vez para as redes alvinegras, viu um chute cruzado rente à sua trave aos 39 e esticou o pé aos 41 para evitar outro gol, após chute cruzado.

 Renatinho substituiu Léo Valencia no intervalo. Logo aos 30 segundos a equipe adversária chegou com perigo e ampliou o placar aos 3 minutos, em conclusão de dentro da área, após jogada aérea.

 O nosso primeiro chute a gol no jogo somente aconteceu aos 5 minutos do 2º tempo, mas o arremate de Renatinho foi longe da meta adversária. Aos 9, Ezequiel substituiu Pimpão e aos 18 minutos foi a vez de Brenner dar lugar a Kieza, que aos 23 marcou seu primeiro gol com a camisa alvinegra, ao receber de Renatinho, invadir a área e chutar forte.

 Renatinho ainda teve uma falta para cobrar na entrada da área aos 33, mas a bola passou por cima do travessão. Aos 48 eles marcaram o terceiro gol, em chute sem chance para Jefferson.

 O que vimos em campo foi desanimador, embora o trio Renatinho, Ezequiel e Kieza tenham dado outra movimentação ao time, até diante do que os titulares vinham mostrando.

 Enfim, que chegue um treinador com a devida capacidade para fazer essa equipe jogar, o que ainda não vimos esse ano. Reforços se fazem necessários, principalmente para a disputa do Brasileiro e Sulamericana.

Cartões

 Amarelo para Matheus Fernandes, João Paulo, Ezequiel e Gilson

Escalação/substituições

 Jefferson, Arnaldo, Marcelo, Igor Rabello e Gilson; Matheus Fernandes, João Paulo e Léo Valencia (Renatinho); Pimpão (Ezequiel), Brenner (Kieza) e Luiz Fernando.

 Saudações alvinegras.

quarta-feira, 7 de fevereiro de 2018

INJUSTIFICÁVEL

Pela grandeza do clube, pela torcida, pela estrutura, pelo que almeja ou pelo que deveria almejar no ano, é injustificável o Botafogo ser eliminado na 1ª fase da Copa do Brasil pela Aparecidense, com todo respeito à equipe de Goiás.

Injustificável também ter saído na frente do marcador nos primeiros minutos de jogo, perder algumas oportunidades, seja por falta de capricho ou de qualidade e se comportar na 2ª etapa de forma tão desorganizada, parecendo um bando em campo e sofrer a virada.

Injustificável a equipe entrar em campo com três zagueiros altos e sofrer dois gols de cabeça, sendo um deles marcado por um jogador de 38 anos, que era marcado por um jovem e promissor zagueiro.

Injustificável os atuais laterais serem mantidos como titulares, após jogos sem demonstrar serem merecedores da referida titularidade. Ressaltando que os dois gols de cabeça foram originados de cruzamentos feitos com tranquilidade, um da direita e outro da esquerda.

Injustificável o constante uso da muleta "falta de recursos" como desculpa para fracassos. Quem enfrenta dificuldades financeiras em sua casa vai tratar de utilizar os poucos recursos da melhor maneira, sem equívocos na utilização dos mesmos.

Injustificável jogadores que já não renderam tecnicamente em 2017 terem sido mantidos para este ano, evidenciando a utilização de recursos de forma equivocada.

Injustificável o clube (leia-se seus dirigentes) ainda não ter pedido desculpas aos torcedores pela humilhação, chacota e vergonha a que foram submetidos.

Injustificável o clube (leia-se seus dirigentes) não ter iniciado uma mudança ainda ontem, seja na comissão técnica, seja na direção, seja no elenco. Cheguei a ler que o clube não tomaria decisão de forma precipitada, mas o vexame de ontem não torna qualquer atitude precipitada.

Injustificável, ainda mais, ao saber do prejuízo que o clube teve, perdendo em torno de um milhão e duzentos mil reais pela eliminação precoce. Foi informado que as equipes que chegarem às oitavas de final receberão valor semelhante ao do campeão do ano passado. Percebam o tamanho do prejuízo!

O que é justificável nesse momento é o sentimento do torcedor alvinegro, seja de raiva, seja de indignação, seja de inconformismo, seja de revolta, seja de decepção, seja de desolação, seja de cansaço com tanta humilhação. Até quando?

Que o Botafogo (leia-se seus dirigentes) saiba que para tudo há limites. Até mesmo o amor e a paixão, sem a devida reciprocidade, sem a devida correspondência, podem se esvair.

Reaja meu Botafogo, faça por onde, chega de causar desgosto ao seu sofrido torcedor.

sábado, 3 de fevereiro de 2018

Estamos na semifinal, apesar da fraca atuação

 O Botafogo se classificou para a semifinal da Taça Guanabara, porém terminou na 2ª posição de seu grupo, ao empatar sem gols com o Madureira dentro do Nilton Santos e vai enfrentar o Flamengo no sábado, tendo o adversário a vantagem do empate.

 Pelo que mostrou em campo, o Glorioso não mereceu mais do que o empate. A equipe alvinegra teve uma atuação sofrível, com as linhas distantes, com os laterais sem produzir absolutamente nada, com Luiz Fernando e Léo Valencia apagados (o chileno apareceu em dois chutes e em duas cobranças de falta) e com Pimpão, nas poucas jogadas ofensivas, sempre errando o último passe.

 O treinador também teve sua responsabilidade, já que após um 1º tempo inexistente do time, no intervalo substituiu apenas Matheus Fernandes por Dudu Cearense, não sei se por questão técnica ou física. A bola não chegava em Brenner e o nosso treinador somente veio a mexer novamente na equipe aos 26 da etapa final, mas sacando o centro-avante para a entrada do estreante Kieza, quando na realidade era preciso fazer a bola chegar na frente e, para isso, tinha Renatinho no banco. O meia somente foi colocado em campo aos 39 minutos, ou seja, restando poucos minutos para o final da partida.

 O único lance do 1º tempo, que talvez mereça um registro, foi um chute cruzado de Léo Valencia, da direita, que o goleiro rebateu para escanteio. Isso já aos 38 minutos.

 Na 2ª etapa, aos 8 minutos, tivemos a melhor (talvez a única) jogada trabalhada pela equipe, quando Luiz Fernando recebeu na esquerda, avançou, rolou para trás, Léo Valencia dominou na meia-lua, chutou e a bola passou próxima ao travessão. Aos 21, Léo Valencia cobrou falta pela esquerda, mas o goleiro espalmou. Aos 39, após cobrança de escanteio da esquerda, Dudu Cearense cabeceou e o goleiro mandou para novo escanteio. Aos 46 quase veio o castigo, em bola chutada cruzada, que passou rente à trave de Jefferson.

 Antes da semifinal da Taça Guanabara, que será realizada no próximo sábado, o Botafogo entrará em campo na terça-feira, pela Copa do Brasil, contra a Aparecidense, em Goiás.

Cartões

 Amarelo para Léo Valencia.

Escalação/substituições

 Jefferson, Arnaldo, Marcelo, Igor Rabello e Gilson; Matheus Fernandes (Dudu Cearense), João Paulo e Léo Valencia (Renatinho); Pimpão, Brenner (Kieza) e Luiz Fernando.

 Saudações alvinegras.